Por mundo estranho.
São as três estruturas do aparelho mental, segundo o psiquiatra austríaco Sigmund Freud. Cada uma delas cuidaria de algum aspecto da nossa personalidade e regeria nossa interação com outras pessoas. Ele apre- sentou essa teoria em 1923, no texto O Ego e o Id. Freud foi um revolucionário:ele acreditava que pacientes com dis- túrbios psicológicos eram capazes de lidar melhor com seus conflitos con- versando com o terapeuta. Ele propôs ainda a interpretação de sonhos e a livre associação como métodos para acessar camadas mais profundas da mente e buscar ali a cura.
FRODO EXPLICA
Personagens de O Senhor dos Anéis são boas representações das estruturas psíquicas
O Ego
Comandada pelo “princípio da realidade”, essa parte é aquela que mostramos aos outros. Fortalecido pela razão, o ego está “preso” entre os desejos do id (tentando encontrar um jeito adequadode realizá-los) e as regras ditadas pelo superego. Do mesmo modo,Frodo se vê tentando conciliar as necessidades de Gollum e Sam em sua jornada.
O Id
A ânsia selvagem de Gollum pelo “precioso” anel é um bom símbolo para essa parte da nossa psique, responsável pelos nossos impulsos mais primitivos: as paixões, a libido, a agressividade... O id (“isso” em alemão) está conosco desde que nascemos e é norteado pelo “princípio do prazer”, mas seus desejos são frequentemente reprimidos.
O Superego
Também chamado de “ideal do ego”, tem a função de conter os impulsos do id. Suas regras sociais e morais não nascem com a gente: nós a aprendemos na sociedade para que possamos conviver nela corretamente. Em O Senhor dos Anéis, esse é o papel de Samwise, a bússola moral de Frodo, que o impede de ser seduzido pelo diabólico Um-Anel.
FONTES O Ego e o ID e Outros Trabalhos, de Sigmund Freud, e sites psychology.about.come tvtropes.org